Agora vai

Ou melhor, agora vamos... Débora, Lita e Leo, Sandra e Waldir vão fazer a prova noturna de corrida... tudo escuro, apenas com a luzinha da cabeça.
Claudião e eu vamos fazer o triathlon propriamente dito...
Angra dos Reis...
www.xterrabrazil.com
Um misto de ansiedade com a alegria de me meter nesse evento...
Uhuuu!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Segunda volto pra mostrar as fotos e contar como foi...
É o que tem pra hoje!!!
Ah.. não sei o que aconteceu com a sonzeira também que parou... depois arrumo

Fui!!!

E ai Maluco, beleza?

Caramba, 20 anos sem o bom e velho Raul Seixas...

Vejo muita gente questionando o gosto musical de quem gosta de Raul. Mas muito além do Maluco Beleza, de toda a Metamorfose Ambulente que foi Raul, o cara foi um gênio. Inteligente e sarcástico. Concordo que encheu, inflou o saco algumas músicas, mas a obra de Raulzito não se resume em Metamorfose Ambulente, em Gita, em o Dia que a Terra Parou e mais uma dezena de músicas que são ótimas, mas que passou..

Tem muita coisa, e como ele mesmo dizia, vou de Elvis a Jackson do Pandeiro....

Mata Virgem é uma obra prima

Baby eu adoro, Coisas do Coração é o tipo de música que eu gostaria de ter feito

Paranóia é lembrança da minha infância...

Judas é de se pensar... etc etc.. etc...

Concordo que aquele mala na madrugada pedindo toca Raul, vai querer ouvir Maluco Beleza e é foda...

Mas quem nunca, em um determinado momento ouviu Raul e pensou... essa música é minha, foi feito pra mim...

Então foda-se....

Toca Raul....

Que pais é esse?

Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?
No Amazonas, no Araguaia iá, iá,
Na Baixada Fluminense
Mato Grosso, nas Gerais e no
Nordeste tudo em paz
Na morte eu descanso, mas o
Sangue anda solto
Manchando os papéis, documentos fiéis
Ao descanso do patrão
Que país é esse?
Terceiro mundo, se for
Piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos índios num leilão
Que país é esse?
Renato Russo

#forasarney

Eu sei, mas não devia

Lita me mandou esse texto por e-mail.. eu já conhecia, mas fui pesquisar sobre a autora e descobri que esse texto é de 1972. Após quase 40 anos, continua tão atual...

Valeu Lí..

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
(1972)

Marina Colasanti nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em Amor; Contos de Amor Rasgados; Aqui entre nós, Intimidade Pública, Eu Sozinha, Zooilógico, A Morada do Ser, A nova Mulher, Mulher daqui pra Frente e O leopardo é um animal delicado. Escreve, também, para revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.

O texto acima foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.

Rock and Roll

Quando eu era um inocente pirralho nos anos 70, era mais ou menos assim o lado musical:

Existiam as músicas Clássicas(Beethoven, Bach, Mozart, Villa-Lobos etc..) a MPB que abrangia o samba,(Toquinho, MPB4, Caetano, Adoniram, Originais do Samba, Martinho etc...) o Rock (Elvis, Beatlhes, Rolling Stones, Pink Floyd etc..) e Discoteca/Funk ( KC and the Sunshine Band, Jackson Five, Abba, Bee Gees etc..)

O tempo passa e as subdivisões musicais aumentam de forma assustadora

Vou me entreter ao Rock que é mais minha praia..

O Clássico Rock And Roll que nada mais é do que um Blues mais acelerado, começou a ser decepado mais ou menos assim:

Rock and Roll / Rock and Roll Clássico / Rock Progressivo / Heavy Metal / Melody Metal / Punk

Punk Rock / Hardcoore / Punk Melody / Surf Rock / Rock Alternativo /Rock Nacional anos 80 /

Trash Metal / Death Metal /Black Metal / Pop Rock e mais o caralho a 4, ou a 8 ou a 16...

Mas e dai? Dai que hoje eu vejo tanto lixo por ai, com gravadoras investindo uma puta grana em lixo para a gente consumir na rádio, ou na tv.

Ok, tenho a opção de não ouvir e pronto.. Mas e as novidades? Quero ver e ouvir coisas legais, gente fazendo coisa interessante, criativa... Tenho meu senso crítico e pronto...

Hoje no multishow estava passando um clipe de uma banda chamada Gloria...

Os caras conseguiram fazer o seguinte: Letra de pagode/sertanejo em um tipo de rock muito pesado, um vocalista que se eu fosse surdo acharia que o cara estava mandando o Sarney tomar no cu, tamanha interpretação na cara de mau e de braços apontando para baixo e para o chão... A atitude totalmente rock'n roll, mas a letra.. hummm... Ah e a voz tb.. tipo voz do cara do Sepultura...... Imaginem uma voz grossa pra caralho falando: Volta pra mim... Eu não vivo sem você...rs Lixo... e mais lixo...

O visual da banda era du caralho... du caralho de estranho... meio pesado, meio modinha... mas os caras sabiam balançar a cabeça...

Te juro, se a tv estivesse sem som eu ia achar... Que puta banda legal... de atitude...

Devem estar falando umas coisas interessantes... Vejam no youtube... a banda se chama Gloria...

Durante o Caminho da Fé agora em Julho, passei por uma cidade que estava comemorando aniversário e no hotel em que eu pousei, estava a banda que ia fazer o show...

Os caras com um puta visual tb, puta estilo rock.. atitude..

Dai estavam tirando umas fotos e os caras fazendo caras e bocas e aquele símbolo do rock com as mãos do chifre e tal...

Fui lá.. e ai? vcs tocam o que?

__Sertanejo... Putz.... Pensei alto..

Nada contra quem toca determinado estilo.. tem público pra todos... mas porra...

Rock é atitude... comportamento, rebeldia...

Nao sou nenhum bicho tapado... sou eclético e não me prendo mais em uma única coisa como fazia na minha adolescência... Entrou por um ouvido e eu gostei.. blz... Mas ado, a ado cada um no seu quadrado...

A volta

É aquela coisa...
Quanto menos se faz, menos se quer fazer...

Após praticamente 10 dias sem treino, na verdade pedalei apenas no sábado e corri 6k domingo, voltei hoje a treinar...
Corri 10 km e confesso... A gente demora tanto tempo pra conseguir um condicionamento legal e quando fica parado ou diminui o rítimo, parece que perde 50% do que se conquista em 1 ano..
Exageros à parte... estou todo dolorido... panturrilha, coxas e calcanhar...
Mas enfim, voltei... esses próximos dias serão leve. Afinal de contas ainda estou me convalescendo da sinusite do porco...
E por falar em porco..
Olê Porco... Olê Porco...
1º turno em 1º lugar no brasileiro...
Só falta gannhar uns 18 e empatar 1 dos 19 jogos restantes, para gritar pentacampeão... ;)

10 Drogas que você não deve usar enquanto dirige...

Tks Vé

Ser Pai

Bem, a quase 4 anos tenho o previlégio de ser pai da Mariana, e a 40 ser filho de Seu Gabriel ou Seu Eden...
E acho que minha filha me vê da seguinte maneira:


Meu pai é forte
Meu pai é chato
Meu pai é legal
Meu pai é bravo
Meu pai éengraçado
Meu pai é um monstro
Meu pai é bonzinho
Meu pai é mala
Meu pai é meu herói
Meu pai é bobo
Meu pai é meu principe
Meu pai é chato
Meu pai me entende
Meu pai não entende de nada
Não queria que ele fosse meu pai.. O pai da ..... é mais legal.
Meu pai é carinhoso
Meu pai é um grosso
Pai... te amo!!!

Era mais ou menos assim que eu via meu pai quando era mais novo

Tá com medinho? Relaxa e curte a prova....

Ia falar sobre a "H1N1", mas como já postei sobre hipocondria no ultimo post e estou com febre e com tosse e com dor no corpo... bem... toc... toc... toc...
Vem ai XTERRA BRAZIL no final do mês em Angra..
To dentríssimo, devidamente inscrito, nem tão devidamente treinado assim, mas o que importa é estar na mídia...

No site oficial tem até uma TV XTERRA com várias etapas do mundial... Yes... XTERRA tem no mundo inteiro...
Tá de bobeira? Vê só que da hora...
http://www.xterra.tv/

Hipocondría

Bem, Hipocondria vem do grego... isso basta por hora..

O fato é que eu, um hipocondríaco assumido sinto-me constantemente constrangido com determinadas atitudes que tenho... E o pior é a consciência da irracionalidade de alguns atos...

Eu procuro na medida do possível rir dessas irracionalidades, assim o "prejuízo" torna-se menos penoso e um pouco mais hilario.

Mas não quero fazer drama com essa situação, até porque, já é dramático demais... (pronto, fui dramático).

Semana passada tive que ir ao dentista por 3 vezes... a primeira porque meu dente estava doendo após a queda de uma banda (yes.. uso aparelho ortodôntico depois de velho) Essa banda camuflou uma infiltração que camuflou um problema de canal... enfim.... fudeu!!!

Meu problema no dentista é a anestesia... Sempre acho que vou ter uma reação alérgica...

Alias meu problema com a área médica é esse... Sempre acho que estou dpênte, dai vou ao médico que em 99% das vezes me receita um remédio e eu em 90% das vezes não tomo.. Um dia vai dar um treco tomando uma simples aspirina...

Quando comecei a ter essas coisas, eu tinha 23 anos.. Era um moleque porra loca, que sonhava em ser músico e gostava de dar uns tapas em um baseado de vez em quando.

Tive um crise de pânico que me matou sem levar meu corpo, mas mudou minha vida para sempre (olha lá eu fazendo drama de novo). Era dia 02 de Novembro, dia de finados... nesse dia eu morri assistindo jornal nacional... Tive uma coisa indescritível... mas foi mais ou menos assim:

Um forte arrepio passeou por meu corpo inteiro, um calor tomou conta de cada pedaço de pele e o suor começou a escorrer da minha testa... Meu coração disparou, ele pulsava fortemente. Muito forte mesmo, sentia na garganta a uma velocidade absurda... achava que não aquentaria o pique... O ar começou a ser insuficiente para encher meus pulmões.. Minhas extremidades tremiam, e minhas pernas perderam as forças... Não conseguia ficar em pé... O pensamento estava acelerado e confuso...

"Estou enfartando, estou morrendo, eu sou muito novo, tenho tanto pra fazer, minhas musicas nunca tocaram na rádio... Minha família... Meus pais, minha avó, meu irmão, meus sobrinhos.... Minha esposa, minhas coisas, meus amigos... pensa no azul... Jesus, me ajuda, não deixa eu morrer... Ave Maria cheia de Graça... respira, tente ficar calmo... tudo vai ficar bem... Enfarto nessa idade é fatal...Fudeu!!! Pai Nosso que estás no céu...."

Fui colocado em pé e no banho... minhas pernas sem forças se arrastaram, eu tremia todo, me olho no espelho e estou pálido... Fudeu!!!!

Entro no chuveiro e a água morna parece realmente dar uma acalmada, meu coração ainda pulsava forte e acelerado, mas bem menos do que de minutos antes, que na verdade pareceram uma eternidade.O ar começou a entrar um pouco mais fácil..

Visto uma roupa qualquer e bora pro hospital mais próximo...

Entro apressado... a medida que vou chegando ao hospital, os sintomas voltam a se intensificar...

Vou direto para um leito e o biombo se fecha... o médico me examina, mede a pressão, faz cara de interrogação, solicita um eletro...

No hospital começo a me acostumar e a racionalizar melhor...

Estou sobre cuidados médicos.. qualquer coisa eles me reanimam...

Pressão um pouco alta, mas nada demais.. coração um pouco acelerado, mas nada demais... eletro normal....

_Bem.. você não tem nada... disse-me o médico plantonista, apenas estresse... toma esse remedinho e vai pra casa...

_Como assim não tenho nada? Eu beijei a morte, enfartei... Esses exames devem estar errado...

Um calmantezinho e volta pra casa... isso é estresse.. descansa...

Nunca mais, e agora sem drama nenhum... nunca mais eu fui aquela pessoa desencanada, que tomava remédio com cachaça, que falava foda-se para as minhas nóias...

Me tornei um neurótico acima da média...

Hoje mesmo... estou me sentindo meio gripado e adivinhem o que se passa na minha cabeça...